Os três maiores desafios do setor financeiro
O setor financeiro tem um papel muito abrangente dentro de uma empresa. Seus processos se iniciam no nível transacional, em atividades relacionadas às operações financeiras e controles diversos, e finalizam em temas relacionados a planejamento e análise.
Além dos profissionais destinados aos processos transacionais, como a tesouraria, contabilidade e o fiscal, o setor financeiro deve contar com profissionais multidisciplinares como a equipe de controladoria, que compila, estrutura e gera insights baseados em dados para a alta gestão, bem como a equipe de planejamento e análise financeira em algumas empresas chamadas de FP&A (Financial Planning and Analysis), responsáveis pelas análises dos dados da organização e projeções que darão suporte às principais decisões da organização.
Infelizmente, as afirmações citadas acima acontecem normalmente apenas na teoria, porque na prática esses profissionais estão afogados em atividades operacionais e rotineiras, e não conseguem cumprir todos os papéis estratégicos esperados do setor financeiro.
Para garantir a perenidade do negócio é fundamental que o gestor financeiro tenha uma posição estratégica na gestão da empresa. Ele deve ser incluído em temas sobre o futuro da organização e ter autonomia para trazer novas ideias de negócios para a alta gestão, com abertura para argumentar sobre precificação e custeio com outras equipes, ou seja, ele deve atuar como business partner das demais áreas da empresa.
Em diversas organizações, o setor financeiro não é uma área muito bem estruturada e não conta com investimentos adequados em tecnologia e capital humano.
Assim sendo, os colaboradores do departamento acabam vivendo uma rotina de escassez de tempo e de ferramentas que otimizem o trabalho da equipe, destinando seu foco para atividades rotineiras e operacionais.
Por isso, este artigo pontua os três maiores desafios do setor financeiro, e oferece insights valiosos para o aperfeiçoamento da gestão financeira nos dias de hoje.
Atualmente, os maiores desafios do setor financeiro são:
- Geração de dados e informações
- Análise dos dados e informações
- Planejamento e suporte à decisão
Os três maiores desafios da área financeira
Geração dos dados e informações
Um dos maiores desafios de qualquer área financeira é conseguir disponibilizar demonstrações contábeis e financeiras da empresa dentro de prazos que viabilizem o processo de análise de desempenho e tomada de decisão da empresa.
Os sistemas integrados de gestão empresarial, os ERPs (Enterprise Resource Planning), são ferramentas fundamentais para conseguir atingir esse objetivo, pois estes têm como principais funções processar as informações da rotina da empresa, automatizar tarefas repetitivas e trabalhosas, além de reduzir as atividades duplicadas através das integrações entre os diversos departamentos e módulos do sistema. No fim das contas, o setor financeiro precisa entregar os dados certos, na hora certa.
A implantação de ERP que integre os diversos departamentos é um grande passo para facilitar o bom andamento das rotinas do departamento financeiro, porém requer uma mudança processual e cultural da organização como um todo, para que o investimento no ERP tenha o retorno esperado.
Cabe ressaltar que a dificuldade de cumprir esse objetivo está presente em cenários com ou sem sistemas integrados, com contabilidade interna ou terceirizada, e acaba dependendo muito fortemente da definição de regras, processos e de controles para os diversos departamentos que geram transações que têm impacto sobre as demonstrações financeiras da empresa como compras, estoque, departamento pessoal, transporte, manutenção, entre outros.
Nesse contexto, fica evidente a importância de o setor financeiro atuar como business partner para melhoria dos controles internos da empresa como um todo, sempre usando as diversas tecnologias disponíveis no mercado e alinhado à estratégia empresarial.
Análise dos dados e informações
Estando em posse das informações atualizadas, o departamento financeiro inicia o seu papel de analisar o desempenho da empresa através da contabilidade financeira (ou societária), prestando contas para os stakeholders que não fazem parte do dia a dia da organização, ou seja, para o público externo como sócios, investidores e credores. Essa análise normalmente envolve a geração de relatórios financeiros e suas notas explicativas; e a apresentação de indicadores tradicionais como liquidez, endividamento, rentabilidade etc.
O setor financeiro também precisa prestar contas e disponibilizar informações para o público interno da empresa através da contabilidade gerencial, que tem por missão a disponibilização de informações para os diversos gestores da organização, com visão do resultado por filiais, centro de custos, unidades de negócios, entre outras análises customizadas.
No momento da execução da análise de desempenho, tanto na contabilidade financeira quanto na gerencial, o que se vê na prática das equipes do financeiro é a geração de relatórios e gráficos através de diversos sistemas paralelos, usando as famosas planilhas em Excel, fazendo conciliações das planilhas com os diversos sistemas, não sendo incomum cada departamento da empresa trabalhar com valores diferentes para um mesmo indicador.
Isso ocorre, pois espera-se que os ERPs desempenhem muito mais funções do que para as quais foram efetivamente desenvolvidos. A grande expectativa das áreas financeiras quando implantam um ERP é que elas passarão a ter todos os dados financeiros da empresa na “palma da mão”, com dashboards, relatórios e indicadores sendo gerados de forma simples e ágil no sistema. Porém, para esse objetivo é recomendado cada vez mais a busca por soluções especializadas de extração e visualização de dados, muitas delas especializadas em indicadores e relatórios financeiros.
Planejamento e suporte à decisão
Além de fornecer informações para stakeholders internos e externos, conforme mencionado na seção anterior, o setor deve focar sua atuação principalmente como business partner no apoio à formulação e implementação da estratégia empresarial. Nesse contexto, cabe falar sobre outras três funções fundamentais para que o setor exerça esse papel: gestão orçamentária, gestão de custos e precificação, modelagem financeira e projeção de cenários.
O principal objetivo da gestão orçamentária é ser uma ferramenta para o desdobramento da estratégia, focada na execução da estratégia e, em paralelo, direcionar os gestores a trabalharem dentro dos gastos destinados para seus setores, sendo uma ferramenta importante para o departamento financeiro acompanhar o previsto versus realizado, e definir diretrizes para atuação dos gestores e colaboradores.
Ao tratar de gestão de custos e precificação, os grandes objetivos são: garantir que as informações de custos sejam adequadas e confiáveis, e que interajam com o marketing e vendas gerando insights para melhorar a gestão de preços da organização.
Da área financeira ainda se espera projeção e análise de cenários de resultado da empresa, que permitam uma adequada avaliação dos riscos que ela está sujeita em um mercado cada vez mais volátil, incerto, complexo e ambíguo.
Todo esse trabalho de planejamento e análise acaba dependendo fundamentalmente de planilhas de Excel e todo o desafio de manter versões atualizadas e com integridade de dados. Novamente, fica evidente a necessidade mais ampla de soluções especializadas em extração e visualização de dados, que além de indicadores e relatórios financeiros, também agreguem funcionalidades de modelagem financeira, cenários e gestão orçamentária.
Em suma, o dia a dia do departamento financeiro é composto por muitos processos operacionais, burocráticos e não automatizados, com uma equipe enxuta e baixo investimento em tecnologia. Aliado a essas questões, o financeiro ainda deveria atuar como business partner da empresa e gerar insights estratégicos para as suas diferentes áreas. Então, como entregar as obrigações acessórias para o governo, informações da operação para os stakeholders e ainda projetar o futuro diante da realidade que o departamento enfrenta?
A Moore possui uma solução para a sua organização, a qual engloba uma equipe multidisciplinar de especialistas, tecnologia e metodologia de planejamento e análise que permitam ampliar o impacto do setor financeiro sobre o processo de tomada de decisão, e que se adapte ao nível de maturidade da empresa, sem aumentar a equipe interna, e ainda com baixo custo.
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