Vivenciamos um período em que, nunca na história, foram gerados tantos dados diariamente. Esses dados compõem um conjunto de informações quase que inesgotáveis, pelas quais a população sacia sua sede de conhecimento direta ou indiretamente, proposital ou acidentalmente, compassada ou abruptamente.
Segundo a plataforma de levantamentos e pesquisas de mercado, Statista, a quantidade de dados gerados mundialmente no ano de 2010 estava situada na casa de 2 zetabytes (10²¹), ao passo que em 2023, esse número aumentou 60 vezes e a projeção para 2025 é que esse número tenha aumentado 90 vezes. Mas o que isso tem a ver com ESG? A resposta é simples e direta: tudo!
Esses resultados demonstram um crescimento exponencial de todas as fontes de informações que temos acesso e, um dos pilares do ESG, é justamente o desenvolvimento de mecanismos que promovam a transparência dos dados e informações das empresas. Ou seja, a ideia de que as corporações não têm o dever de divulgar seus feitos de forma transparente cai por terra, sendo isso aplicável para todos os campos do ESG: Ambiental, Social e de Governança.
Seja por obrigação legal ou por enxergar os inúmeros benefícios que a transparência contempla, é importante que, ao divulgar suas informações, a empresa busque seguir as normas e regulações que definem os critérios necessários. No campo de ESG existe uma série de normativas e padrões, nacionais e internacionais, que visam auxiliar as corporações no cumprimento desses requisitos, como: o Global Reporting Initiative (GRI), o Sustainability Accounting Standards Board (SASB), o Task Force on Climate-related Financial Disclosure (TCFD), o Carbon Disclosure Project (CDP), entre diversos outros.
É importante frisar que os benefícios gerados ao adotar mecanismos de melhoria da transparência das políticas ESG são inúmeros. A seguir, compartilho alguns:
- Construção de confiança: a transparência permite que as organizações demonstrem abertura e, principalmente, responsabilidade no que tange suas ações socioambientais e de responsabilidade corporativa. Isso agrega valor no grau de confiança e assertividade no relacionamento com investidores, clientes, parceiros, funcionários e stakeholders no geral.
- Gestão de riscos: ao construir uma base de dados e ter o controle sobre quais indicadores são os mais importantes (materialidade) para a empresa, torna-se mais fácil agir proativamente na mitigação de riscos potenciais, no impedimento de violações regulatórias, nos riscos de danos à reputação e, inclusive, gerar oportunidades com o devido tratamento.
- Acesso a capital: os investidores e as instituições financeiras buscam, cada vez mais, além do óbvio retorno financeiro, opções que visem o desenvolvimento socioambiental. Um indício disso é a pesquisa realizada pelo Ibracon que indicou que 96% das companhias do Ibovespa estão envolvidas com pautas ESG e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
- Antecipação de mudanças regulatórias: em diversos locais do mundo, a obrigatoriedade na divulgação de políticas ESG está caminhando a todo vapor, fazendo com que empresas que ainda não estejam agindo de forma transparente, tenham que se ajustar de forma rápida para cumprir com as regulamentações. Ou seja, as empresas que já possuem práticas maduras de transparência conseguem se adaptar de forma mais eficaz.
Em suma, é evidente que a transparência empresarial desempenha um papel importantíssimo no contexto ESG, não somente como uma obrigação regulatória, mas, também, como uma grande oportunidade estratégica de diferenciação no mercado. Cabe salientar que a transparência vai muito além do simples relato de informações, ela é uma ferramenta essencial para a criação de valor compartilhado, para a promoção das boas práticas empresariais e para a geração de confiança nas relações entre clientes e fornecedores.
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